terça-feira, 6 de maio de 2008

Como conseqüência das tecnologias de comunicação surgidas no seculo XX, e das circunstâncias configuradas na mesma época, a cultura de massa desenvolveu-se a ponto de ofuscar os outros tipos de cultura anteriores e alternativos a ela. Antes de haver cinema, radio e TV, falava-se em cultura popular, em oposição à cultura erudita das classes aristocraticos; em cultura nacional, componente da identidade de um povo; em cultura , conjunto historicamente definido de valores esteticos e morais; e num número tal de culturas que, juntas e interagindo, formavam identidades diferenciadas das populações.

A chegada da cultura de massa, porém, acaba submetendo as demais “culturas” a um projeto comum e homogêneo — ou pelo menos pretende essa submissão. Por ser produto de uma industria de porte internacional (e, mais tarde, global), a cultura elaborada pelos vários veiculos então surgentes esteve sempre ligada intrinsecamente ao poder econômico do capital industrial e financeiro. A massificação cultural, para melhor servir esse capital, requereu a repressão às demais formas de cultura — de forma que os valores apreciados passassem a ser apenas os compartilhados pela massa.

A cultura popular, produzida fora de contextos institucionalizados ou mercantis, teve de ser um dos objetos dessa repressão imperiosa. Justamente por ser anterior, o popular era também alternativo à cultura de massa, que por sua vez pressupunha — originalmente — ser hegemonica como condição essencial de existência.

Um comentário:

olha a li ali disse...

Acho que esse texto tá muito bom, mas está falando numa forma muito dicionárica huhahuahuahu xD

Eliane - 2 alfa